[...] o humor é um negócio muito sério. Não é brincadeira. É sério demais. Drama, qualquer um faz. Comédia não". Ankito (comediante brasileiro)

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terça-feira, 10 de junho de 2008

A PALAVRA CLOWN

Clown se traduz por palhaço, mas as duas palavras têm origens diferentes. Clown, no inglês, segundo Ruiz (1987), está ligado ao termo camponês “clod”, ao rústico, à terra. Já palhaço vem do italiano “paglia” (palha), usada para revestir colchões: a primitiva roupa do palhaço era feita do mesmo tecido grosso e listrado do colchão. Outra origem é “palhaço” na língua celta, que originalmente designa um fazendeiro, um campônio, visto pelas pessoas da cidade como um indivíduo desajeitado e engraçado (Masetti,1998). Para Fellini (1986), o palhaço é mais de feira e praça, o clown de circo e palco. Tessari coloca que, tanto na língua comum italiana quanto na linguagem especializada do espetáculo, hoje não existe nenhuma diferença entre a palavra palhaço e a palavra clown, pois as duas palavras se confluem em essências cômicas. A primeira, no entanto, é usada, às vezes, como insulto, significando estúpido, ridículo e exibicionista, ou para indicar o cômico do circo.
As características do clown moderno circense, segundo Tessari, só podem ser definidas com segurança a partir da “troupe de Astley”, em que o clown é uma simbiose da máscara da Commedia dell’Arte e da tradição farsesca francesa e anglo-saxônica.
O interesse pelo clown manifesta-se nos anos sessenta. Segundo Lecoq (1987), o circo se transforma e o clown sai do picadeiro para as ruas, para o teatro. Muitos jovens desejam ser clowns; é uma profissão de fé e uma tomada de posição perante a sociedade. Ser clown significa mostrar as fraquezas pessoais (as pernas finas, a orelha grande, os braços pequenos) e enfatizá-las, usando roupas diferentes daquelas que usualmente as ocultam. O fenômeno, para Lecoq, ultrapassa a simples representação e seu espetáculo. Torna-se um modo de expressão pessoal. O clown põe em desordem uma certa ordem e permite assim denunciar a ordem vigente. Ele erra e acerta onde não esperamos. Toma tudo ao pé-da-letra no sentido primário e imediato: quando a noite cai (bum!), ele a procura no chão e nós rimos de seu lado idiota e ingênuo.
O clown torna-se, com o tempo para Lecoq, um profissional que deve saber realizar seus fracassos com talento, trabalho e técnica. É um caminho puramente pedagógico e coloca o comediante numa situação para além da representação clownesca.
Temos, dentro da literatura, do cinema, do teatro, tipos ingênuos e desajustados que vêm acompanhando nossas vidas, entre eles: Charles Chaplin, Gordo e Magro, Buster Keaton, Jerry Lewis, Mazzaropi (Wuo, 1999, 2005).

Fonte: http://www.clown.comico.nom.br/clown.htm

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